Teste do Bafômetro: Qual o limite, o que acontece se não fizer?

Nicholas Rodrigues
September 4, 2024

Dirigir sob a influência de álcool é uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil e no mundo. Para combater esse problema e garantir a segurança nas estradas, o teste do bafômetro se tornou uma ferramenta essencial na fiscalização de motoristas. 

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como o teste funciona, quais são seus direitos ao ser abordado e quais as consequências de se recusar a realizá-lo. Neste artigo, vamos explorar aspectos relacionados ao teste do bafômetro, desde a sua definição e funcionamento, até as penalidades aplicáveis e como recorrer de uma multa. 

Se você já se perguntou sobre a legalidade do teste, como ele pode impactar sua vida como condutor, ou até mesmo se certos mitos sobre o bafômetro são verdadeiros, este guia é para você.

O que é o teste do bafômetro?

O teste do bafômetro é um procedimento utilizado para medir a concentração de álcool no organismo de um motorista, por meio da análise do ar expirado. Este teste é realizado com o auxílio de um dispositivo portátil chamado etilômetro, que, ao ser soprado, capta a quantidade de álcool presente no ar exalado pelos pulmões. 

A medição é feita em miligramas de álcool por litro de ar alveolar (mg/L), sendo essa a unidade de medida utilizada para determinar o nível de alcoolemia no corpo. O funcionamento do teste do bafômetro baseia-se em uma reação química que ocorre dentro do aparelho. 

Quando o motorista sopra no etilômetro, o ar alveolar - que contém uma concentração representativa de álcool no sangue - passa por um sensor eletroquímico que oxida o álcool presente, gerando uma corrente elétrica proporcional à quantidade de álcool detectada.

Essa corrente é então convertida em uma leitura digital que indica a quantidade de álcool por litro de ar alveolar. É importante destacar que o resultado do teste pode ser influenciado por diversos fatores, como a quantidade de álcool ingerida, o tempo decorrido desde a última dose e as características individuais do metabolismo do motorista.

O que acontece se for pego no bafômetro?

A base legal para o uso do bafômetro encontra-se no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que estabelece os limites de concentração de álcool no sangue e define as penalidades para os condutores que forem flagrados dirigindo acima desses limites. 

Em 2008, a Lei nº 11.705, conhecida como "Lei Seca", trouxe mudanças significativas ao CTB, introduzindo a política de tolerância zero para a alcoolemia no trânsito, com punições mais severas para quem dirigir sob a influência de álcool.

Desde a implementação da Lei Seca, diversas mudanças foram realizadas na legislação para torná-la ainda mais rígida e eficaz. Em 2012, a Lei nº 12.760 alterou novamente o CTB, aumentando as penalidades e permitindo que outros meios, como vídeos e testemunhos, fossem usados como provas contra motoristas que se recusassem a realizar o teste do bafômetro. 

Essas mudanças visaram fechar brechas legais e reforçar o combate à embriaguez ao volante, tornando a fiscalização mais abrangente e o cumprimento da lei mais rigoroso. 

O teste do bafômetro é obrigatório em diversas situações, principalmente durante as operações de fiscalização de trânsito, como as blitzes da Lei Seca. Nessas ocasiões, todos os motoristas abordados são solicitados a realizar o teste, independentemente de apresentarem sinais de embriaguez. 

Além disso, o teste pode ser exigido em casos de acidentes de trânsito, especialmente se houver suspeita de que o motorista envolvido estava sob a influência de álcool. Apesar do direito constitucional de se recusar a fazer o teste, a legislação brasileira prevê penalidades severas para aqueles que optam pela recusa, incluindo a aplicação de multa, suspensão da CNH e outras sanções administrativas.

Como é feito o teste do bafômetro?

O teste do bafômetro é um procedimento relativamente simples, mas segue um protocolo específico para garantir sua precisão e confiabilidade. Quando um motorista é parado em uma operação de fiscalização ou após um incidente de trânsito, ele é convidado a realizar o teste. 

O passo a passo do procedimento começa com a explicação, por parte do agente de trânsito, sobre como o teste será realizado e as implicações legais associadas. Em seguida, o motorista recebe um bocal descartável, que deve ser acoplado ao etilômetro. 

O motorista, então, sopra firmemente no dispositivo por alguns segundos, até que o aparelho emita um sinal de que a amostra de ar foi coletada com sucesso. Em poucos instantes, o aparelho exibe o resultado, indicando a concentração de álcool no ar alveolar.

Precauções antes do teste

Antes de realizar o teste do bafômetro, é importante que o motorista tome algumas precauções para garantir que o resultado seja o mais preciso possível. Primeiro, é essencial que o condutor evite o consumo de alimentos ou produtos que contenham álcool logo antes do teste, como enxaguantes bucais ou determinados tipos de medicamentos, pois isso pode gerar um falso positivo. 

Além disso, deve-se aguardar um tempo adequado após a ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir, já que o corpo precisa de tempo para metabolizar o álcool. Outra recomendação é respirar profundamente antes de soprar no bafômetro, para garantir que a amostra de ar seja representativa do nível de álcool no sangue e não seja afetada por resíduos de álcool na boca. 

O que acontece se recusar o teste do bafômetro?

Recusar o teste do bafômetro é um direito do condutor assegurado pela Constituição Federal, que garante o princípio da não autoincriminação. No entanto, essa decisão traz consigo implicações legais significativas, conforme estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro. 

Ao ser parado em uma blitz ou operação de fiscalização, o motorista pode optar por não realizar o teste, mas deve estar ciente de que essa recusa é tratada pela lei como uma infração gravíssima. 

A legislação presume que a recusa é uma tentativa de ocultar a condição de embriaguez, o que justifica a aplicação de penalidades severas, mesmo sem a comprovação direta do nível de álcool no sangue.

Quais a punições para quem dirige embriagado

As penalidades por recusar o teste do bafômetro são rigorosas e incluem uma multa elevada, que atualmente é de R$ 2.934,70, dobrando em caso de reincidência em um período de 12 meses. 

Além da multa, o motorista enfrenta a suspensão do direito de dirigir por 12 meses, com a possibilidade de ter o veículo retido até a apresentação de um condutor habilitado. 

Caso o condutor seja reincidente na recusa ou em outras infrações relacionadas ao consumo de álcool, as sanções podem ser ainda mais severas, incluindo a cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). 

Resultados do teste do bafômetro: como interpretar?

Os resultados do teste do bafômetro são expressos em miligramas de álcool por litro de ar alveolar (mg/L) e representam a quantidade de álcool presente no organismo do condutor. Esses números são essenciais para determinar se o motorista está apto para dirigir ou se está infringindo a legislação de trânsito. 

No Brasil, qualquer resultado superior a 0,05 mg/L já é considerado uma infração, mas os limites legais e suas consequências variam conforme o teor alcoólico detectado. Um resultado entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L de ar alveolar indica que o condutor está sob a influência de álcool, o que resulta em uma infração gravíssima. 

Nesse caso, o motorista é multado, sua carteira de habilitação é suspensa por 12 meses, e o veículo pode ser retido. Se o teor alcoólico for igual ou superior a 0,34 mg/L, além das sanções administrativas, o condutor pode ser enquadrado em crime de trânsito, sujeito a detenção de seis meses a três anos, multa criminal e suspensão ou proibição do direito de dirigir.

Além das consequências legais, é importante considerar que diferentes níveis de álcool no organismo afetam a capacidade de conduzir de maneira segura, comprometendo reflexos, coordenação motora e julgamento, o que pode levar a acidentes graves e fatais. 

Qual o valor da multa do bafômetro?

A multa por teste do bafômetro positivo é uma das penalidades mais rígidas previstas pelo CTB. Atualmente, o valor da multa para quem for flagrado dirigindo sob a influência de álcool é de R$ 2.934,70, equivalente a uma infração gravíssima com multiplicador de 10 vezes. Além da multa, o condutor terá a CNH suspensa por 12 meses e poderá ter o veículo retido até que um motorista habilitado o retire do local.

A situação do motorista pode se agravar se houver outras infrações concomitantes ou se o teor alcoólico registrado for significativamente alto. Se o resultado do bafômetro indicar uma concentração igual ou superior a 0,34 mg/L, o motorista não apenas enfrentará as penalidades administrativas, mas também poderá ser enquadrado em crime de trânsito.

O crime de trânsito pode levar a detenção de seis meses a três anos, além de multa criminal e proibição de obter nova habilitação por um período determinado pelo juiz. Agravantes como reincidência no período de 12 meses ou envolvimento em acidentes também podem resultar em penalidades adicionais, como aumento do tempo de suspensão da CNH e, em casos extremos, a cassação da habilitação.

O impacto de um teste do bafômetro positivo no histórico do condutor é significativo e pode trazer consequências a longo prazo. Uma infração dessa natureza fica registrada no prontuário do motorista e pode dificultar o processo de renovação da CNH, além de afetar sua reputação como condutor seguro. 

A reincidência em infrações relacionadas ao consumo de álcool pode levar à cassação da CNH, exigindo que o motorista passe por todo o processo de habilitação novamente. Além disso, a suspensão da CNH por 12 meses significa que o motorista ficará impedido de conduzir legalmente durante esse período.

Como recorrer de uma multa do teste do bafômetro?

Recorrer de uma multa aplicada após um teste do bafômetro positivo é um direito assegurado ao condutor, e seguir os procedimentos corretos pode aumentar as chances de sucesso na anulação ou redução da penalidade. 

O primeiro passo é analisar detalhadamente o auto de infração recebido, verificando se há erros formais, como a ausência de informações obrigatórias ou discrepâncias nos dados registrados. Em seguida, o condutor deve formular uma defesa prévia, que deve ser encaminhada ao órgão autuador dentro do prazo estipulado, normalmente de 15 a 30 dias a partir da data de notificação. 

Se a defesa prévia for indeferida, o condutor ainda pode recorrer em instâncias superiores, como a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) e, posteriormente, ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN).

Argumentos mais comuns para recorrer

Entre os argumentos mais utilizados na contestação de multas por bafômetro, estão questionamentos sobre a calibração e manutenção do etilômetro utilizado, uma vez que o aparelho deve estar devidamente calibrado e com a certificação em dia para garantir a validade do resultado. 

Outro argumento frequente é a ausência de prova material ou testemunhal de que o condutor apresentava sinais de embriaguez, especialmente se o resultado do bafômetro foi marginalmente superior ao limite permitido. Erros na condução do procedimento de fiscalização, como a falta de orientação adequada ao condutor ou a não observância dos direitos legais, também podem ser contestados. 

As chances de sucesso em um recurso variam conforme a robustez das evidências apresentadas e a competência dos argumentos, sendo que casos com falhas claras no processo tendem a ter mais chances de êxito.

A importância de contar com uma assessoria jurídica especializada ao recorrer de uma multa por teste do bafômetro não pode ser subestimada. Advogados com experiência em direito de trânsito conhecem as nuances da legislação e os precedentes que podem influenciar o julgamento do recurso, além de saberem como estruturar uma defesa eficaz. 

Eles também podem identificar pontos que o condutor leigo poderia ignorar, aumentando as chances de anulação ou redução da penalidade. Além disso, em casos mais graves, onde há o risco de cassação da CNH ou acusações criminais, a assessoria jurídica é essencial para garantir que os direitos do condutor sejam plenamente respeitados durante todo o processo.

Mitos e verdades sobre o teste do bafômetro

O teste do bafômetro é cercado por diversas crenças populares, algumas verdadeiras, outras completamente equivocadas. Ao desmistificar essas crenças, motoristas podem estar melhor preparados e evitar situações embaraçosas ou mesmo perigosas, entendendo que não existem "truques" para escapar da fiscalização

Enxaguante bucal altera o resultado

Verdade: alguns enxaguantes bucais contêm álcool e podem elevar temporariamente a leitura do bafômetro.

Realidade: o efeito é superficial e de curta duração. Após alguns minutos, o teste reflete o nível real de álcool no organismo.

Chicletes, balas ou café enganam o bafômetro

Verdade: há uma crença popular de que esses itens podem reduzir os níveis de álcool medidos.

Realidade: esses métodos não funcionam, pois o bafômetro mede o teor alcoólico no ar alveolar vindo dos pulmões, não da boca.

Alimentação, saúde e condições climáticas podem afetar a absorção e metabolização do álcool no corpo, mas não o resultado direto do teste. 

O tempo entre a ingestão de álcool e o teste pode influenciar a leitura. O teor alcoólico no sangue pode aumentar até 30 minutos após beber, impactando o resultado.

Exceções e situações especiais no teste do bafômetro

Embora o teste do bafômetro seja uma ferramenta padrão na fiscalização de trânsito, existem situações específicas em que ele pode ser dispensado ou adaptado. Casos de dispensa geralmente ocorrem quando o condutor apresenta condições médicas que impossibilitam a realização do teste, como dificuldades respiratórias graves ou outras limitações físicas que impedem a correta execução do procedimento. 

Nesses casos, a autoridade de trânsito pode optar por métodos alternativos para verificar a sobriedade do condutor, como o exame clínico realizado por um médico perito.

Pessoas com condições médicas específicas, como doenças pulmonares crônicas (por exemplo, enfisema ou fibrose cística), podem ter dificuldades em soprar com força suficiente para fornecer uma amostra válida no bafômetro. Nesses casos, é essencial que o motorista informe a condição ao agente de trânsito no momento da abordagem.

Dependendo da situação, o teste pode ser adaptado ou substituído por outro método, como exames de sangue ou urina, que também são capazes de determinar a presença de álcool no organismo, mas por vias diferentes.

Perguntas frequentes sobre teste do bafômetro

Qual o limite para o teste do bafômetro?

No Brasil, depois da Lei Seca, nenhum limite de ingestão de álcool é aceitável para direção. O limite de 0,05 miligramas de álcool por litro de ar alveolar (mg/L) é a margem de erro do aparelho considerado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Conatran). Isso significa que, se o resultado do teste acusar uma concentração igual ou superior a 0,05 mg/L, o motorista pode ser autuado por dirigir sob influência de álcool.

No entanto, para fins criminais, a legislação brasileira é ainda mais rigorosa. Se o bafômetro registrar um resultado igual ou superior a 0,34 mg/L, o motorista pode ser enquadrado em crime de trânsito, podendo enfrentar detenção, além de outras penalidades administrativas.

Esses limites refletem a política de tolerância zero adotada no país, com o objetivo de desestimular completamente o consumo de álcool por motoristas.

É melhor fazer o teste do bafômetro ou não?

Decidir se deve ou não fazer o teste do bafômetro é uma escolha importante e deve ser considerada com cautela, pois ambas as opções têm consequências legais. Fazer o teste pode demonstrar cooperação com a autoridade de trânsito. Se o resultado estiver dentro do limite legal (abaixo de 0,05 mg/L), o motorista é liberado sem penalidades.

Caso o motorista se recuse a fazer o teste, ele estará sujeito às mesmas penalidades de quem é pego com um teor alcoólico superior ao permitido. Isso inclui multa pesada, suspensão da CNH, e pontos na carteira. Se você tem certeza de que não ultrapassou o limite, fazer o teste pode confirmar sua sobriedade e evitar complicações.

Se o teste indicar um nível de álcool acima do permitido, você pode ser multado, ter a CNH suspensa, e, em casos graves, enfrentar acusações criminais. 

Quantas cervejas para ser pego no bafômetro?

A quantidade de cervejas que pode levar a um resultado positivo no bafômetro varia de acordo com vários fatores, incluindo o tipo de cerveja, o metabolismo individual, o peso corporal, o gênero, e o tempo decorrido desde o consumo. É possível estimar um valor aproximado:

  • 1 lata de cerveja (350 ml) com teor alcoólico de 4-5%: pode resultar em aproximadamente 0,02 a 0,03 mg/L de álcool no bafômetro para um adulto médio.
  • 2 latas de cerveja: poderia elevar o nível para algo em torno de 0,04 a 0,06 mg/L, o que já poderia ser suficiente para atingir ou ultrapassar o limite legal de 0,05 mg/L no Brasil.

Pessoas com metabolismo mais rápido podem eliminar o álcool do corpo mais rapidamente, enquanto outras podem levar mais tempo. Pessoas com menor peso corporal e mulheres tendem a ter uma concentração maior de álcool no sangue após consumir a mesma quantidade de álcool que um homem de maior peso. O teor alcoólico no sangue pode aumentar por até 30 minutos após o consumo, mesmo que você pare de beber.

Quantas horas depois de beber pode fazer o bafômetro?

O tempo necessário para que o álcool seja eliminado do organismo e o bafômetro não detecte a presença de álcool depende de vários fatores, como a quantidade de álcool consumida, o metabolismo individual, o peso corporal, o gênero e se a pessoa comeu durante o consumo de álcool.

Estimativa geral;

  • 1 lata de cerveja (350 ml, 4-5% de teor alcoólico): geralmente, leva cerca de 1 a 2 horas para o corpo metabolizar completamente o álcool e atingir um nível de alcoolemia indetectável.
  • 2 latas de cerveja: pode levar de 3 a 4 horas para que o álcool seja eliminado do organismo.
  • Consumo moderado a alto: se você consumir 3 ou mais latas de cerveja, ou bebidas com maior teor alcoólico, pode levar de 6 a 12 horas (ou mais) para que o álcool seja eliminado.

Pessoas com metabolismo mais rápido podem eliminar o álcool mais rapidamente. Outros podem precisar de mais tempo. Comer antes ou durante o consumo de álcool pode retardar a absorção, mas não acelera a eliminação do álcool.

Descansar e beber água pode ajudar a aliviar os sintomas de intoxicação, mas não acelera significativamente a eliminação do álcool.

Qual teor de álcool permitido para dirigir?

No Brasil, o limite permitido de álcool para dirigir é muito restrito, refletindo a política de "tolerância zero" em relação ao consumo de álcool e direção. Para fins administrativos, o limite é de até 0,05 miligramas de álcool por litro de ar alveolar (mg/L) no teste do bafômetro. Se o resultado for superior a 0,05 mg/L, o motorista é considerado em infração.

Para fins criminais, se o teste indicar 0,34 mg/L ou mais, o motorista pode ser enquadrado em crime de trânsito, o que pode levar a sanções mais graves, como detenção, além das penalidades administrativas.

Em um exame de sangue, o limite legal é de 2 decigramas de álcool por litro de sangue (0,2 g/L). Valores acima disso também configuram infração.

Qual o valor da multa do bafômetro?

O valor da multa por se recusar a fazer o teste do bafômetro ou por ser pego dirigindo com teor alcoólico acima do limite permitido é de R$ 2.934,70.

Além da multa, o condutor enfrenta outras penalidades:

  • Suspensão da CNH por 12 meses.
  • 7 pontos na CNH: a infração é considerada gravíssima, e o motorista recebe 7 pontos na carteira.
  • Possibilidade de recolhimento do veículo

Se o motorista reincidir na infração dentro de 12 meses, o valor da multa dobra, chegando a R$ 5.869,40, e as demais penalidades também se aplicam novamente.

O que corta o efeito do álcool no bafômetro?

Não há métodos comprovados para "cortar" o efeito do álcool no bafômetro de maneira eficaz. O bafômetro mede a quantidade de álcool no ar alveolar, que é o ar profundo dos pulmões, e reflete a quantidade de álcool no sangue. 

O único método comprovado para reduzir o teor de álcool no organismo é o tempo. O fígado metaboliza o álcool a uma taxa média de aproximadamente 0,015% de concentração de álcool no sangue por hora. Portanto, o tempo é o fator mais eficaz para garantir que o nível de álcool caia abaixo do limite legal.

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